Tema: Diversidade Indígena
Escola de Ensino Fundamental João
Paulo I
Aluna: Thayanara V Segatte e
Angélica G Pereira
Ano: 8º Ano/Mat
Diversos povos indígenas habitavam o Brasil muito
tempo antes da chegada dos Portugueses em 1500. Viviam aqui estimadamente cerca
de 5 milhões de índios. Os portugueses conheceram primeiro os
povos que viviam no litoral. Por terem traços culturais semelhantes entre si,
eles receberam dos colonizadores uma denominação geral: Tupi ou Tubinambá. Cada grupo possuíam sua
própria cultura, religão e costumes. Viviam basicamente da caça, pesca e
agricultura.
Contato com a Natureza
Tinham contato total com a natureza, pois dependiam
dela para quase tudo. Os rios, árvores, animais, ervas e plantas, solo eram de
extrema importância para a vida destes índios, (alimentação, Higiene, remédios,
tintas, adornos e utensílios domésticos... Por isso, os índios respeitavam
muito a natureza.
Crenças e Deuses
Os índios
viviam em tribos. A aldeia chamavam Taba, as casas chamavam ocas . O Pajé era o
responsável pela transmissão da cultura e dos conhecimentos. Era o Pajé que
também cuidava da parte religiosa e medicinal, através da cura com ervas, plantas e rituais religiosos. A religião
indígena era baseada na crença em espíritos de ante-passados e forças da
natureza. Acreditavam num Deus Tupã assim o chamavam, porém o sol e a lua, eles
também adoravam. O chefe da tribo se chamava Cacique ou Morubixabá.
Objetos Artesanais
Em geral, o artesanato indígena era e é produzido
para ser utilizado em rituais ou tradições cotidianas da tribo. A confecção de
objetos indígenas envolve o uso de pigmentos naturais, plumas, fibras vegetais,
argila, madeira e pedras. Cada tribo apresenta sua forma de se expressar, por
isso as peças são bem diferentes. Entre os principais objetos indígenas
temos: cuias, cestos, cabaças, redes, remos, flechas, bancos, máscaras,
esculturas, mantos e cocares.
Os
índios confeccionam seus próprios acessórios e armas. Eles são conhecidos por
fabricarem arcos perfeitos, enfeites plumários, como cocares, braceletes,
cintos e brincos; e objetos de madeira, como o pilão.
Com a técnica do trançado, os índios fabricam
cestos, bolsas e esteiras. Eles também fazem cerâmica e entalham madeira. O
índio utiliza a matéria-prima disponível na natureza para produzir objetos
necessários ao dia-a-dia, como ferramentas, instrumentos, utensílios e
ornamentos.
Contato com Portugueses
Na
época do Descobrimento quando os portugueses chegaram ao litoral brasileiro,
dando início ao processo de ocupação, perceberam que a região era ocupada pelos
povos nativos. A estes nativos os portugueses deram o nome de índios,
pois acreditavam ter chegado às Índias.
Mesmo
após a descoberta de que não estavam nas Índias, e sim em um
território desconhecido, os europeus continuaram a chamá-los assim, ignorando
propositalmente as diferenças linguístico-culturais. Desta maneira era mais
fácil tornar todos os nativos iguais e tratá-los também de forma igual, já que
a finalidade era o domínio político, econômico e religioso. Ainda que não se
tenha um conhecimento exato quanto ao número de sociedades indígenas existentes
no Brasil à época da chegada dos europeus, existe estimativas sobre o número de
habitantes nativos naquele tempo, algo em torno de 5 milhões de indivíduos.
O
trabalho forçado
O
processo de colonização levou à extinção de muitas sociedades indígenas que
viviam no território dominado, seja por meio das guerras, seja em consequência
do contágio por doenças trazidas dos países distantes como a gripe, o sarampo e
a varíola, que vitimaram, muitas vezes, sociedades indígenas inteiras, em razão
dos índios não terem imunidade natural a estes males, ou, ainda, pela imposição
aos índios à nova maneira de viver.
Sem
poder enfrentar os portugueses na guerra e não querendo conviver pacificamente
com eles, muitos indígenas resolveram fugir para o interior do território, na
tentativa de manter seu modo de vida, longe dos invasores. Apesar disso, muitos
desses índios acabaram aprisionados e transformados em escravos.
Sociedades indígenas atuais
À medida que os colonizadores foram explorando o território, perceberam
que essas populações dividiam-se em centenas de povos que falavam línguas
distintas, tinham costumes e hábitos diferentes. Estima-se que na época eram
faladas cerca de 1.300 línguas indígenas diferentes.
Para estudarmos os povos indígenas, estes foram agrupados de acordo com as
semelhanças existentes entre suas línguas. Desta forma são reunidos povos com
características culturais comuns.
Atualmente essa população está distribuída em aproximadamente 215
etnias, que falam cerca de 170 línguas diferentes, excluindo-se os índios
isolados. Muitos índios falam unicamente sua língua, desconhecendo o português
e outros falam o português como sua segunda língua.
Aproximadamente 60% da população indígena brasileira vive na região
designada como Amazônia Legal, área esta que engloba nove estados brasileiros
pertencentes à Bacia amazônica e, que possuem em seu território trechos da
Floresta Amazônica, entretanto registra-se a presença de grupos indígenas em
praticamente todos os estados brasileiros. Apenas no Rio Grande do Norte, Piauí
e no Distrito Federal não se encontra grupos indígenas.
Os principais grupos indígenas brasileiros em expressão demográfica são:
Tikuna, Tukano, Macuxi, Yanomami, Guajajara, Terena, Pankaruru, Kayapó,
Kaingang, Guarani, Xavante, Xerente, Nambikwara, Munduruku, Mura, Sateré-Maué,
entre outros.
Muitas tribos, influenciadas pela cultura dos brancos, perderam muitos
traços culturais. É muito comum encontrar em tribos indígenas atuais, índios
falando em português, vestindo roupas e até usando equipamentos eletrônicos.