quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Diversidade Cultural

Oficina da Erva-Mate e do Chimarrão

Desde os primeiros tempos, os homens organizavam-se em grupos de acordo com as necessidades de sobrevivência do bando. Assim ficava mais fácil a busca de alimentos e a proteção. Com o passar do tempo, esses grupos formaram as primeiras “famílias”.
Ao longo de sua trajetória, o homem buscou sempre criar novas soluções para satisfazer as suas necessidades: através do seu trabalho foi criando e aprimorando suas armas, roupas, diferentes objetos e utensílios. Descobriu o uso do fogo, que iluminava a noite, cozinhava seus alimentos e o aquecia do frio.
Podemos constatar, então, que para suprir suas necessidades de sobrevivência, o homem transforma a natureza através do seu trabalho, cria e constrói os objetos, desenvolvendo técnicas e instrumentos para facilitara sua vida.
À medida que o homem vence os obstáculos ele define o modo de vida e a cultura da sociedade a que pertence.
A necessidade de relacionar-se cada vez mais, fez com que os homens dessem origem à linguagem, aos hábitos, tradições, costumes, crenças leis, entre outros aspectos. Todo esse conjunto de características passou a distinguir uma comunidade da outra, fazendo com que cada uma formasse a sua própria cultura.
Sendo assim podemos afirmar que não existe um povo sem cultura, pois cada sociedade tem o seu modo de vida. Todo povo tem seu modo de vida, todo povo tem a sua cultura.
Cultura: inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes, tradições ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.

A História da Erva- Mate e do Chimarrão
Antes da chegada dos europeus à América, os índios guaranis já usavam as folhas da erva-mate para preparar uma bebida estimulante. Era o chamado "água de folha". As folhas da erva eram colocadas em uma cuia com água e o líquido era então chupado através de uma taquara, caniço ou osso filtrado através de um trançado de fibras vegetais. Segundo o mito guarani, a bebida foi descoberta quando um velho índio não conseguiu mais acompanhar as andanças da tribo devido à sua idade avançada e teve que ficar para trás. Sua filha decidiu ficar com ele, mas ele queria que ela seguisse com a tribo, então o deus Tupã (São Tomé) lhe ensinou a preparar uma bebida com as folhas da erva-mate, bebida esta que lhe daria forças e que permitiria a ele e a sua filha acompanharem a tribo. Os índios guaranis costumavam armazenar as folhas de erva-mate em cestas de taquara.
Podemos dizer que o Chimarrão é um legado do índio Guarani.
Sempre presente no dia-a-dia, o chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, na tradição. Também conhecido como mate amargo, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas. É a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em - mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação.
O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. O Chimarrão é um hábito, uma tradição, uma espécie de resistência cultural espontânea.



Vídeo: A Historia da Erva Mate e do Chimarrão - YouTube

23/09/2014 - Vídeo enviado por Alexandre Silva

OS 10 MANDAMENTOS DO CHIMARRÃO
1° - Não peças açúcar no mate;
2° - Não digas que o chimarrão é anti-higiênico;
3°- Não digas que o mate está quente demais;
4° - Não deixes um mate pela metade;
5° - Não te envergonhes com o "ronco" no final do mate;
6° - Não mexas na bomba;
7° - Não alteres a ordem em que o mate é servido;
8° - Não "durmas" com a cuia na mão;
9° - Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate;
10° - Não digas que o chimarrão faz mal...















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